quinta-feira, 12 de maio de 2011

Duas pétalas e dois pesos.

Uma das polêmicas mais comentadas na última semana foi à liberação da união estável entre pessoas do mesmo sexo. O que antes era apenas boato agora virou lei. O upgrade do século XXI ressuscitou a compaixão da Bela frente à repugnância da fera. O time em campo reivindica o mesmo respeito levado em conta na decisão oficial do Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (06). Assim como a naturalidade do livre arbítrio em público. O amor venceu barreiras que até pouco tempo atrás eram erguidas pela sociedade. Ele nasce de um sentimento puro e indefeso e cresce como a fúria de um vulcão. Podendo atingir dois corações opostos ou iguais. Não há como escapar de algo que grita dentro de nós. Seja lá o que for. A fuga é uma tentativa óbvia de incapacidade. Ninguém segue um caminho sem estar ao menos interessado na estrada em que ele vai te levar. Milhares de pessoas fogem de sua verdadeira felicidade para viver dentro de uma mentira bem contada. Ser normal aos parâmetros da sociedade não satisfaz o ser humano. A forjada capa, que esconde as verdades de um vazio indescritível. Sou a favor desta relação. Mas nem por isso deixo de seguir e acreditar na minha religião. Acredito piamente na união entre um homem e uma mulher para a formação de uma família. Porém não encontro motivos que anulem o direito do homossexual, de criar um laço familiar nas suas próprias condições. Ser favorável ou totalmente contra é do particular de cada um. O respeito é imprescindível. Sabemos que a mulher foi criada para afastar a solidão do homem e dar continuidade no mundo. O homem foi criado antes para antes sentir a necessidade desta presença feminina. A criação começa a partir desse ponto. A ciência com seus métodos infalíveis de clonagem e células-troncos permite algo que sai do senso comum e lógico de todas as coisas. O avanço é benéfico desde que ele não altere por completo o que já existe. O amor pode acontecer da troca de olhares de uma pétala de rosa para um beija-flor, do sorriso latido de um cachorro para o carinho incondicional de seu dono, do toque de duas mãos sensíveis a duas forças unidas. Tudo é questão de se sentir bem – ou sente ou não.

Um comentário:

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