segunda-feira, 13 de junho de 2011

A ponte.

Existe uma ponte dentro de cada um de nós. O seu solo siltoso provoca deslizes durante o trajeto. Ela é a trilha do destino e das escolhas próprias. Uma travessia pautada pela ênfase do medo. Dos erros, das contradições, das descobertas. Certeza única, de um segredo a ser revelado ao fim da caminhada. Não se mede a distância sem antes vestir o pensamento. Os desvios são manifestações de fraqueza, e o coração é o primeiro a contestar um cálculo inexato. A rota não é como as brincadeiras de trevo, mas um objetivo a ser traçado. Caminhar é a prática do exercício da raça humana. Toda estrutura precisa de base para se manter firme. Sem convicção não há base. O poder da decisão é encoberto pelas mentes fechadas. A direção desenha uma força capaz de atrair pés curiosos e almas perdidas. A passagem longa ou curta não acomoda impasses, mas surpreende pela disparidade dos passos.

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