domingo, 3 de abril de 2011

Incontestáveis linhas.

Eu não sonhei na noite passada. Descobri que talvez não sonhe mais acordada. O meu sonhar agora é ilimitado ao que vivo. Sinto calafrios de medo em meio à escuridão. Minha voz não responde ao meu desespero. Tenho vontade de gritar. Mas o som dos gritos é nulo. Noto que me oriento melhor aos segredos do arpão. Corro para fugir de algo que não sei exatamente o significado. Bússolas e mapas não me ajudariam dessa vez. Fujo das correntes que se apoderam do meu pulso e já alcançam os meus pés. Entendo que não sou escrava para me permitir estar presa. Luto contra o nada. Como uma batalha sem vencedores. Os devaneios estão cada vez mais presentes. O meu alimento é uma dose incerta de confusão com algumas pitadas de realidade. Realidade esta, que me arranca de mim. Sei da minha força e acredito nela. Porém, é capaz de captar todas as energias – sejam elas, positivas ou negativas. Ora, um tanto desconcertada. Em outras, mais sólida que uma estruturada edificação. Tenho sede de vencer os meus receios. Uma vez que, são mais fundamentados do que eu. As minhas alegrias tão voltadas à simplicidade em sua fórmula natural. Um novo mundo se abre à minha frente. Uma eterna filosofia aflora o meu casulo. De verdades incontestáveis a efêmeros transtornos. Eis que desloco ao ponto íngreme do meu potencial. Um eco entoa no ar. Escuto da selva exuberante que nada está perdido a ponto de me fazer desistir. Que devo continuar até não ter mais caminhos para então retornar ao ponto de partida. De onde inicia toda a habilidade que me manteve firme em cima da linha do circo da minha história.

Um comentário:

  1. Texto interessante minha amiga!

    Parabéns pela inspiração!

    Abraços renovadados!

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